Depois que as massas prontas para textura passaram a ser produzidas pelos principais fabricantes do pais, as pinturas especiais se popularizaram gerando uma infinidade de acabamentos para superfícies internas e externas. Além das texturas e grafiatos, as empresas investiram também no aprimoramento de suas tintas látex PVA e acrílica lançando produtos mais sofisticados e resistentes. Diante de tantas opções, o consumidor muitas vezes fica na dúvida na hora de escolher o acabamento das paredes.
O que é mais vantajoso: aplicar uma textura ou recorrer à pintura convencional?
A decisão é mesmo trabalhosa e não segue uma fórmula padrão. É preciso avaliar a aplicação, rendimento, manutenção, durabilidade, preço e é claro, o efeito que se deseja produzir. As texturas geralmente são utilizadas para dar enfase a uma parede. O resultado vai depender da técnica de aplicação e da granulação da massa.
Quanto maiores os cristais minerais presentes na composição, mais rústico o efeito. Seja qual for a alternativa escolhida, a dica é não exagerar. Se você abusar da pintura especial, pode se cansar logo, alertam algumas decoradoras. Efeitos singulares também podem ser obtidos com as tintas convencionais. O látex, por exemplo, já oferece acabamento perolizado e arquitetos decoradores vêm inovando ao aplicar nas paredes produtos desenvolvidos para metal e madeira.
No quesito que envolve a escolha das cores das tintas dá empate técnico. Tanto as massas texturizadas com a tinta convencional oferecem cores prontas e tonalidades obtidas por meio do sistema tintométrico, que mistura à tinta-base pigmentos coloridos até que se chegue ao resultado desejado. Depois de aplicadas, algumas texturas podem receber gel envelhecedor – uma tinta especial disponível em diversas cores que dá aspecto desgastado à superfície.
Aplicação de Texturas e Tintas
Se não deixam a desejar na aparência, as tintas convencionais saem perdendo quando o assunto é aplicação. Para conseguir bons resultados utilizando látex é preciso selar e nivelar perfeitamente a superfície usando massa corrida. Em seguida, aplicam-se duas demãos de tinta. No caso das massas para textura, a preparação da superfície é mais simples. Basta selar a parede e aplicar uma demão do produto com espátula, rolo, desempenadeira ou o que sua imaginação permitir.
O relevo, nesse caso, é propositadamente irregular. Por isso, esse tipo de acabamento é recomendado para disfarçar imperfeições na superfície. Se você enjoar do efeito texturizado, no entanto, vai ter mais trabalho para trocar o visual do que se tivesse recorrido à pintura lisa, alertam os especialistas.
E quanto ao rendimento de tintas e Texturas
O rendimento das texturas é pelo menos dez vezes menor do que a tinta tradicional, e o gasto com mão-de-obra chega a ser três vezes mais alto. Mesmo assim, elas costumam representar uma alternativa mais econômica porque custam menos que o látex e dispensam o uso de massa corrida, reduzindo as despesas com material e o número de horas trabalhadas. Esse cálculo, entretanto, pode variar de acordo com a qualidade dos produtos utilizados, já que existem diferentes faixas de preço dentro de cada linha.
Durabilidade da pintura nas paredes da sua casa
Em termos de manutenção, as tintas convencionais vencem de goleada. Por causa da superfície irregular, as texturas acumulam mais sujeira e são mais difíceis de limpar. O látex e o acrílico não juntam tanta poeira, são laváveis e podem apresentar propriedades fungicidas e bactericidas.
Em geral, os fabricantes estimam em cinco anos aproximadamente a vida útil de uma pintura, seja convencional, seja texturizada. Para superfícies externas esse cálculo é impreciso devido às condições climáticas. Por essa razão, alguns fabricantes desenvolveram tintas especiais que apresentam maior resistência à ação de sol, chuva e poluição, como a Metalatex fachadas, da Sheriein Williams, a Coralflex e a Suvinil fachadas. As texturas não apresentam tais propriedades. Mas como são hidrorrepelentes ajudam a barrar a água e, por isso, são bastante utilizadas em fachadas. São uma opção, por exemplo, para projetos à beira-mar, em que as fachadas sofrem com a maresia.
O que diz a NBR-15.757 sobre a vida útil das pinturas
Vale lembrar também que já esta em vigor a norma técnica NBR-15575 exigida pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, onde determina o nível de desempenho mínimo ao longo de uma vida útil para os elementos construtivos .A NBR 15575 cita que na definição do projeto da casa o projetista deve determinar um prazo mínimo de garantia para cada sistema de uma edificação.
Para sistemas de revestimento de pintura, a norma menciona que é necessário garantir no mínimo dois anos, para que a pintura não tenha empolamento, descascamento, esfarelamento, alteração da cor ou deterioração do acabamento. A norma brasileira menciona ainda que a vida útil mínima de uma pintura em fachada deve ser de oito anos.
No entanto, ela não descreve uma consideração sobre os diferentes tipos de pintura – quanto à sua composição e qualidade bem como quanto ao local em que a edificação estará exposta.
Eles produzem a textura e aplicam
Um bom trabalho não depende só dos produtos escolhidos. A mão-de-obra é fundamental. As massas para texturas podem ser aplicadas pelo consumidor, mas o resultado nem sempre compensa a economia. O ideal é recorrer a profissionais. Há empresas que não só produzem como também se encarregam de aplicar revestimentos especiais. O preço varia de acordo com a área e o produto utilizado. Outra opção é recorrer a artistas plásticos especializados em pinturas de parede, que produzem os mais diversos tipos de acabamentos texturizados. O preço depende da técnica e do material.
Envie uma pergunta ou comentário